Tente não chorar com isso, Poms! (seu emo!)
Era mais uma R-evolution na época de ouro da Funhouse, pouco mais de três anos atrás. Nunca precisava de motivo pra aparecer na festa, mas na ocasião tinha um aniversário que serviu de desculpa pra mais uma visita ao sobradinho. Um pouco mais animado por algumas cervejas eu já até ensaiava conversa com desconhecido aqui e ali, foi quando puxei assunto com um amigo do aniversariante que estudava na mesma faculdade que eu, um sujeito franzino, de fala baixa, barba e um Domecq na mão. Ele estudava em horário diferente e cursava administração, tudo completamente diferente de mim. Mas é claro que o gosto musical afinou a nossa conversa e ficou por isso mesmo, pelo menos naquele dia.
Chegando a semana seguinte, o mesmo aparece em mais uma sexta na Funhouse. Essa noite ele fica do meu lado e a gente fica boa parte do tempo mudo, sem assunto. Nenhuma palavra. Mas um fez companhia pro outro com aqueles comentários “assunto de elevador”. Semana seguinte, mais uma vez o baixinho aparece com o Domecq, fica do meu lado e esquece a língua em casa – como se eu tivesse lembrado de levar a minha. Esse dia eu até comento com a minha namorada o quanto eu achava aquilo estranho. Mas como o tempo é o senhor da razão, foi dele que surgiu um dos meus melhores amigos. Começaram a aparecer histórias de festas, sono na direção voltando pra São Bernardo, não achar humanamente impossível alguém sair toda sexta e trabalhar todo sábado às 8 da manhã e muitas outras. A amizade se estendeu muito mais quando ele veio pra São Paulo e quando descobrimos que o trabalho de um era perto do outro, já era amigo o sufiente pra deixar o pessoal do trabalho pra lá e ir almoçar no Pão de Açúcar.
O George Cavalcanti Rocha é conhecido como Pomada, e além de ser o meu DJ preferido, é uma das pessoas que eu mais tenho orgulho de chamar de amigo e dividir tantas alegrias. Parabéns Poms, que as realizações venham e que não falte saúde para comemorá-las. E todo mundo sabe, um amigo é alguém com quem podemos estar em silêncio. Não teria como a gente começar melhor.
Marcelo Fubah
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Não sou filho único. Tenho uma irmã, que ainda mora em BH, à qual sou bem próximo. Mas como único menino da família, sempre ficou faltando aquele pedacinho, aquela pessoa que eu pudesse chamar de irmão. Pra poder jogar bola junto, brincar de porrada, nadar no rio, defender na escola… coisas desse tipo. Não que isso tenha me tornado uma pessoa solitária, pelo contrário, mas acabei crescendo com isso. Com essa “peça em branco”.
Mesmo depois de já homem, a coisa continuou assim, e por isso, em incontáveis noites eu saía sozinho, sem pestanejar, mesmo porque eu esperava sempre encontrar um amigo na balada. Caso ele não aparecesse, tudo bem. Eu me virava comigo mesmo. Até mesmo quando eu era Dj residente na Funhouse, há 3 anos, e tocava todas as sextas na festa R-evolution, eu me deparava rodeado de amigos, mas ainda com aquela “peça em branco”. Nem sei dizer ao certo quando, mas nessa mesma época surgiu uma figura caladona entre os amigos. De risada contida e feições sérias o barbado foi chegando, sempre como papagaio de pirata do Fubah, e acabou ficando na turma. Com as diversas intempéries dos namoros do Fubah e sua constante ausência em algumas noites, me vi adotando o tal baixinho calado, o que era bem estranho. Às vezes passávamos a noite inteira um do lado do outro, sem trocar palavra alguma, mas sempre bebendo. Eu o meu Jack Daniels, ele o seu Domecq.
De lá pra cá as noites se passaram rapidamente. As palavras foram surgindo do menino calado, as festas foram ficando recorrentes (e as bebedeiras também), e a música sempre foi nos unindo cada vez mais. Me lembro vagamente de pilhar o Mendy (mais um apelido estranho pra coleção) a começar a discotecar, já que seu gosto musical sempre me surpreendia e ele começou a gravar seus cds. A dedicação dele fez com que sua vida mudasse de rumo e hoje não dá pra negar que ele é um dos melhores Djs de São Paulo e um dos caras que eu mais admiro por aqui.
É… o Pomada é um cara foda. De rapaz calado, passou a ser amigo, depois roommate e por último sócio. Nessa semana ele faz aniversário e eu queria desejar a ele as melhores coisas desse mundo, porque não é nada diferente disso que ele merece. A gente pode ser velho agora para poder jogar bola junto, brincar de porrada, nadar no rio ou se defender na escola, mas não posso reclamar que agora eu não tenho alguém que eu possa chamar de irmão.
Fabricio Miranda
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Como se já não faltassem motivos para celebrar, também teremos nessa próxima quarta, dia de Funhell, a celebração do aniversário da mineira mais amada do Brasil. Ela é uma dessas pessoas que aparecem na nossa vida por escanteio e que de repente você não sabe mais como lidar com a ausência dela. Eu particularmente a chamo de Cachoeira de estrelas, porque pra mim é isso que ela é. Você pode chamá-la de Laura Taylor. A Laura é uma das novas vocalistas do Bonde do Role e como presente de aniversário vai ganhar a discotecagem de toda a trupe do Bonde. Bom, no final das contas quem vai ganhar presente mesmo é você que não vai deixar de ir, certo? Parabéns Laurinda.
A lista continiua funcionando, então não deixe de mandar seu nome logo para funhell.party@gmail.com.